segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cisnes Selvagens: Três Filhas da China

“ Um livro essencial para quem quer conhecer fases da história da China, desde os tempos feudais dos senhores da guerra, passando pela invasão Japonesa da Manchúria e pela guerra civil entre os comunistas e o Kuomintang de Chang Kai-Chek apoiado pelos americanos, até à barbárie da revolução cultural do PCC de Mao Tsé-Tung.”
Esta é a introdução da recensão literária de Miguel Franco à obra recomendada, uma obra que relata a história pessoal de três personagens femininas e, ao mesmo tempo, a História da grande China.

É uma obra intensa, profunda, composta de histórias que encaixam na História maior do país, um livro, que assim sendo, parece uma matrioska. A última das três figuras de mulher, decide recuperar a história de vida da mãe e da avó. Ao fazê-lo, recupera as histórias de muitas outras personagens que contracenaram em espaços e Tempos que voltam, pela escrita, a estar defronte de nós. (Ou será que somos nós que recuamos a esses passados?), esses espaços, tempos e pessoas põem a China em marcha e a História acontece. Nós, com ela e as suas «três filhas da China», partimos duma época feudal, de mulheres-objecto (o tempo da avó) para chegarmos a uma China comunista que trucidou muitas vidas, tirou a esperança de muitas outras e levou umas quantas, em nome da humana liberdade, a recuperar a história pessoal (a neta).

O que mais impressiona, é que este livro fala de pessoas reais, há fotografias a atestá-lo, há as memórias de família, há os arquivos. Portanto, a História foi servida pelas Letras que colocou no seco dos acontecimentos e dos factos, o humanismo e fez com a poesia das palavras acontecer uma espécie de redenção.

Recomenda-se a sua a leitura a todos os alunos.

Fátima Lopes
Projecto K.Leio

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

When they poured across the border
I was cautioned to surrender,
this I could not do;
I took my gun and vanished.

I have changed my name so often,
I've lost my wife and children
but I have many friends,
and some of them are with me.

An old woman gave us shelter,
kept us hidden in the garret,
then the soldiers came;
she died without a whisper.

There were three of us this morning
I'm the only one this evening
but I must go on;
the frontiers are my prison.

Oh, the wind, the wind is blowing,
through the graves the wind is blowing,
freedom soon will come;
then we'll come from the shadows.

Les Allemands étaient chez moi,
ils me disent, "résigne toi,"
mais je n'ai pas peur;
j'ai repris mon arme.
J'ai changé cent fois de nom,
j'ai perdu femme et enfants
mais j'ai tant d'amis;
j'ai la France entière.
Un vieil homme dans un grenier
pour la nuit nous a caché,
les Allemands l'ont pris;
il est mort sans surprise.

Oh, the wind, the wind is blowing,
through the graves the wind is blowing,
freedom soon will come;
then we'll come from the shadows.
                                                The Partisan, Leonard Cohen


As Nações Unidas designaram 27 de Janeiro - aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz (1945) - como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, com o propósito de evitar que o manto do esquecimento caia sobre esta enorme tragédia e mobilizar a sociedade no sentido da prevenção de futuros actos de genocídio.

Para não esquecer:
Recortes:

sábado, 22 de janeiro de 2011

22 Janeiro de 1961 - Assalto ao paquete português "Santa Maria"


"Há 50 anos, não havia redes sociais, mas a tomada de um paquete com 600 passageiros e 350 tripulantes por um punhado de 23 revolucionários mal armados teve o efeito de um comício à escala planetária: a comunidade internacional virou as costas a Salazar. [...] Liderados pelo capitão Henrique Galvão, importante quadro dissidente do regime e delegado plenipotenciário do general Humberto Delgado (outro dissidente, depois de ter ocupado destacados cargos), derrotado na farsa das eleições presidenciais de 1958, os revolucionários acabariam por ver frustrados os seus objectivos. Mas não completamente os políticos imediatos. "Pretendia-se uma operação com impacto", conta Mortágua [ler entrevista]. E teve: a "Operação Dulcineia" - em alusão à quimérica dama do D. Quixote ("D. Quixote de la Mancha") de Cervantes - convocou a imediata atenção dos média de todo o Mundo, que se precipitaram a enviar repórteres. [...]" >>

Actualização 24 Jan 2011
Livros:
  •  "O Inimigo Nº 1 de Salazar", de Pedro Jorge Castro. Edição Esfera dos Livros. “Um livro precioso para compreender um pouco da história contemporânea de Portugal” apresentado hoje em Lisboa, por Mário Soares. Ler no Público >>
  • “Eu roubei o Santa Maria”, de Jorge Soutomaior. Edição Texto Editores. Para o capitão Henrique Galvão, o assalto ao Santa Maria foi uma vitória. Para o comandante Jorge Soutomaior, um fracasso. José António Barreiros traduziu o relato de Soutomaior. O resultado, diz, é um livro que dá uma visão diferente daquela operação. (Público 18 Set 2010)
No cinema:

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Dez anos da Wikipédia em vídeo


Entre as várias iniciativas de celebração do décimo aniversário da Wikipédia, a mais recente foi a divulgação deste vídeo, com narração do seu fundador e CEO, Jimmy Wales, onde se faz um balanço destes dez anos e se resume o funcionamento da organização de suporte da "enciclopédia livre".

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ler é 10

Clique sobre a imagem(com botão direito do rato) para
aceder à reportagem no ípsilon, Público.

"Eu tinha nove anos e passei por uma lixeira próxima a um campinho de futebol. Vi um saco de brinquedos e um livro 'Dom Gaton', um reconto espanhol." Reconto? "Sim, a releitura de um conto. Hoje eu fico pensando porque não fui nos brinquedos e fui no livro. Esse livro estava lá para mudar a minha vida. Nessa noite, a luz acabou e começou a chover. Quando terminei de ler, parou de chover e voltou a luz. Foi como se eu fosse viajando naquele universo de encantamento e depois voltasse à realidade. Nunca tinha tido aquela sensação de liberdade, de magia. E depois que passei a ter contacto com os livros a minha imaginação deu um salto. Hoje, eu escrevo contos, roteiros, mas a minha obra é 'Ler é 10', sair de manhã com uma mala cheia de livros e num lugar como esse colocar um tapete e começar a contar histórias para as crianças".
Otávio soma as crianças que o projecto alcançou. "Até hoje foram mais de 10 mil, entre a Penha e o alemão" [...] "Temos o Casa-Biblioteca, em que vamos no barraco da pessoa, levamos livros, fazemos actividades, e a pessoa fica responsável por chamar as crianças. Temos o Biblioteca Móvel, em que montamos uma tenda com 400 livros na praça  e chamamos as crianças." Este plural é um eufemismo. "Eu mesmo monto a tenda." >>

Excertos de uma reportagem de Alexandra Lucas Coelho,
no caderno ípsilon, do Público,  de 14 de Janeiro de 2011


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Guia para perceber o Novo Acordo Ortográfico

O novo Acordo Ortográfico entrou em vigor em Janeiro de 2009. Mas, até 2012, decorre um período de transição, durante o qual ainda se pode utilizar a grafia actual. Este guia apresenta as principais alterações de que foi objecto a nossa língua. >>

Para pesquisar as regras do Novo Acordo Ortográfico - Portal da Língua Portuguesa >>

Para converter texto - Português Exato >>

Para colocar dúvidas - Consultório do Acordo Ortográfico >>

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A Wikipedia faz dez anos (e a Enciclopédia duzentos e sessenta)

"O grande enciclopedista francês do Século das Luzes, Denis Diderot, escreveu na entrada "Enciclopédia" da sua célebre Encyclopédie que o objectivo da colossal obra que ele e Jean d"Alembert publicaram em 1751 era "recolher todo o saber que se encontra agora disperso à face da Terra, dar a conhecer a sua estrutura geral aos homens entre os quais vivemos e transmiti-lo aos que vierem a seguir".

E a entrada correspondente na Wikipédia (wikipedia.org) - a grande enciclopédia online da era da Internet, que esta semana celebra o seu décimo aniversário - explica que, mais do que como um simples dicionário, "Diderot via a enciclopédia ideal como um índice de ligações". Clicando no link que aparece neste artigo, podemos confirmar a informação: dois cliques e vamos parar ao texto original de Diderot, onde descobrimos uma frase que começa assim: "Através da organização enciclopédica, da universalidade do saber e da frequência das referências, as relações crescem, as ligações partem em todas as direcções." Referências. Relações. Ligações. Mais do que uma proposta, o texto de Diderot parece uma genial premonição. A enciclopédia ideal de que fala o filósofo está a ser construída hoje e chama-se Wikipédia."

Público, 10 Jan 2011 >>

Junte-se às celebrações!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Poesia para ouvir

Porque a poesia também se ouve, Horas de Poesia é um espaço onde se arrancam as palavras do papel e "dizem-se, soprando-lhes vida nova, fazendo-as flutuar em sonoras centelhas de luz."


A propósito, a poesia também se pode ver.
Procurem o DVD VOZ - Vídeo-poemas em Língua Portuguesa na nossa biblioteca.